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28 DE ABRIL - DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

Data foi instituída para lembrar o grave problema enfrentado por trabalhadores do mundo inteiro e a necessidade de combater esses males através da conscientização e da prevenção



Hoje, o mundo lembra as vítimas de acidente de trabalho e doenças ocupacionais. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), as condições de trabalho inadequadas matam um trabalhador a cada 11 segundos no mundo e aproximadamente 4% do PIB mundial, (cerca de US$2,8 trilhões), são perdidos por ano em impostos diretos ou indiretos devido a acidentes de trabalho. Um ambiente de trabalho saudável implica em menos acidente, maior produtividade e bem-estar do trabalhador e de sua família.

PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
Data foi instituída para lembrar o grave problema enfrentado por trabalhadores do mundo inteiro e a necessidade de combater esses males através da conscientização e da prevenção. 

“Precisamos cobrar das autoridades, empresas e da sociedade, a necessidade de medidas efetivas de informação,  conscientização e prevenção para combater  essas tristes estatísticas. É inadmissível que um trabalhador saia de casa para buscar o sustento de sua família e volte para casa machucado, doente ou pior, dentro de um caixão”, enfatiza o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin. 

DATA
O dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho, surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.

A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.

 ACIDENTES DE TRABALHO E MORTES ACIDENTAIS CRESCEM NO BRASIL
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, divulgou novos dados sobre acidentes e mortes de trabalhadores no Brasil. O estudo foi atualizado pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, que é desenvolvido e mantido pelo Ministério Público do Trabalho.*

Segundo o levantamento, nos últimos 10 anos, entre 2012 e 2021, mais de 22,9 mil pessoas morreram em acidentes de trabalho no país.

GASTOS PREVIDENCIÁRIOS
No período, foram registradas 6,2 milhões de Comunicações de Acidentes de Trabalho e o Instituto Nacional do Seguro Social, Inss, concedeu 2,5 milhões de benefícios previdenciários acidentários, incluindo auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, pensões por morte e auxílios-acidente. No mesmo período, o gasto previdenciário ultrapassou os R$ 120 bilhões somente com despesas acidentárias.

O diretor do Escritório da OIT no Brasil, Martin Georg Hahn, afirma que a atualização da base de dados e de indicadores do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho é um importante vetor para o diálogo e trabalho conjunto na elaboração de medidas de prevenção de acidentes no trabalho, sobretudo no contexto da reconstrução pós-pandemia.

O Observatório mostra, também, que nesses 10 anos foram perdidos, de forma acumulada, cerca de 469 milhões de dias de trabalho. Calculado com a soma de todo o tempo individual em que os afastados não puderam trabalhar, o número é uma das formas de medir, por aproximação, os prejuízos de produtividade para a economia.

EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 NOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Entre 2020 e 2021, em dois anos de pandemia, foram registradas 33 mil Comunicações de Acidentes de Trabalho e 163 mil afastamentos com casos de Covid-19.

Técnicos de enfermagem, enfermeiros e auxiliares de enfermagem foram os mais afetados, somando 52% das comunicações de acidentes.

Quanto aos afastamentos, os mais atingidos foram faxineiros, vendedores de comércio varejista, alimentadores de linha de produção, auxiliares de escritório em geral e motoristas de caminhão. Os números apontam que, se considerado o conjunto de ocupações e a totalidade de comunicações de acidentes de trabalho, os profissionais do setor de atendimento hospitalar continuam a ter a maior quantidade de notificações em números absolutos e percentuais nos últimos dois anos.

Com a pandemia, técnicos de enfermagem sofreram a maior quantidade de acidentes notificados em relação a outras ocupações e passaram de 6% entre 2018 e 2019 para 9% no biênio 2020-2021. Como um todo, a participação da atividade de atendimento hospitalar no total de acidentes notificados cresceu de 11% para 14% no período avaliado.

Em números absolutos, o total de notificações de acidentes no setor também cresceu, somando 11% em relação ao biênio anterior.

CUSTO ECONÔMICO DOS ACIDENTES E AFASTAMENTOS
O estudo avalia que, além dos prejuízos humanos e às famílias, os custos econômicos das ocorrências se manifestam em gastos do sistema de saúde e seguro social. No setor privado, o impacto é na redução da produtividade pelos dias perdidos de trabalho acumulados. 

Segundo estimativas da OIT, essas ocorrências causam a perda aproximada de 4% do Produto Interno Bruto, PIB, global a cada ano. No caso do Brasil, os dados apontam que esse percentual corresponde a aproximadamente R$ 350 bilhões anuais se considerado o PIB brasileiro de 2021, de R$ 8,7 trilhões.

BENEFÍCIOS
Assim, a estimativa é que em 10 anos, a perda econômica, os gastos do sistema previdenciário e de saúde alcance R$ 3,5 trilhões.

No total, o levantamento brasileiro mostra que o número de benefícios acidentários concedidos pelo Inss voltou a disparar em 2021, com crescimento de 212%, mas ainda abaixo dos números registrados em 2019, ano anterior à pandemia.

Lesões são as principais causas de afastamentos previdenciários e foi observado um aumento em doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo, inclusive Lesões por Esforços Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, em 192%.

Já o total de auxílios-doença concedidos por depressão, ansiedade, estresse e outros transtornos mentais e comportamentais, acidentários e não-acidentários, se mantiveram em níveis elevados, na média dos últimos cinco anos anteriores à pandemia da Covid-19, comando cerca de 200 mil casos.

OPERAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Na série histórica de 10 anos, o estudo mostra que grande parte dos acidentes foi causada pela operação de máquinas e equipamentos, chegando a 15% dos casos. Em 2021, esse percentual se manteve elevado, somando 16% do total.

Segundo o estudo, acompanhando a tendência de anos anteriores, acidentes ocupacionais envolvendo máquinas e equipamentos resultaram em amputações e outras lesões gravíssimas com uma frequência 15 vezes maior do que as demais causas, gerando três vezes mais acidentes fatais que a média geral.

Com informação da ONU News 


SAEMAC ASSINA ACORDO COLETIVO DA SANEPAR

Retroativos serão pagos ainda na folha de abril



O SAEMAC assinou hoje a proposta de Acordo Coletivo aprovada, na semana passada, pela maioria dos trabalhadores e informa que, conforme acertado com a empresa,  os retroativos devidos serão pagos ainda na folha de abril. Já os retroativos do vale alimentação estarão disponíveis até o dia 06 de maio. 

“Buscamos assinar logo o acordo aprovado para dar tempo dos trabalhadores receberem os retroativos ainda na folha de abril. Apesar dos avanços em algumas cláusulas sociais, obtidas graças a pressão das entidades sindicais, faltou o aumento real. Fizemos nossa parte pressionando a empresa, informando e buscando mobilizar e unir os trabalhadores em torno de um bem comum que ia ser para todos. Porém, a assembleia é soberana e a maioria optou por não receber aumento agora”, relata o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin. 

A PARTIR DE HOJE, DEZ DIAS CORRIDO PARA CARTA DE OPOSIÇÃO
O Sindicato também informa que, conforme especificado no acordo, o trabalhador tem o prazo de dez dias corridos, a partir da assinatura do acordo, para entregar sua carta de oposição no Sindicato, de acordo com as regras definidas no ACT (confira a íntegra do acordo abaixo).

Importante salientar que a intenção da  carta de oposição é enfraquecer a entidade sindical e fortalecer a diretoria da empresa. Para decidir, basta o trabalhador pensar quem sempre está  ao seu lado na luta por aumento real,  PLR e condições dignas de trabalho e quem está mais preocupado com os acionistas em detrimento dos próprios funcionários. Hoje, os salários dos saneparianos estão defasados graças  à política de achatamento salarial implementada pela atual diretoria  nos últimos anos. Fazer carta de oposição é fortalecer essa política de achatamento. Se com as entidade sindicais ativas, a diretoria já faz o que faz com o trabalhador, imagine, sem os Sindicatos. Fica a dica. 

CONFIRA OFÍCIO DO SINDICATO SOBRE O RESULTADO DA ASSEMBLEIA E A  ÍNTEGRA DO  ACORDO ASSINADO: 







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SAEMAC PARTICIPA DO SEMINÁRIO “PRIVATIZAÇÃO E SANEAMENTO NO BRASIL: QUEM PERDE, QUEM GANHA?”, NO DIA 27 DE ABRIL

Evento realizado no Fórum Social das Resistências, que acontece em Porto Alegre (RS), vai debater os desafios dos trabalhadores frente ao novo Marco do Saneamento 



Entre os dias 26 e 30 de abril,  acontece em Porto Alegre (RS), o Fórum Social das Resistências, evento que reunirá,  de forma híbrida, Sindicatos e demais movimentos sociais e populares  para debater os desafios que se apresentam atualmente no Brasil e no mundo e qual  deve ser a atuação dos movimentos frente a esses desafios visando a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 

O presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin, representará o Sindicato num dos vários seminários que acontecerão dentro do Fórum,  integrando a mesa do Seminário  “Privatização do Saneamento no Brasil. Quem perde e quem ganha?”.

“Diante do novo Marco do Saneamento  e da possibildade de privatização do sistema de saneamento, distribuição de água e tratamento de esgoto, temos muitos desafios  a debater visando a luta para manter a água como um bem comum e direito de todas as pessoas e não somente de quem detêm o poder do capital.  Já temos várias   experiências de países que privatizaram seu sistema de saneamento e hoje voltaram a estatizar o sistema devido ao fracasso que foi a privatização e a falta e retorno que deu para a população. Outra preocupação deve ser a luta para manter os direitos dos trabalhadores das empresas de saneamento. Infelizmente, os direitos e a renda dos trabalhadores tem sido deixadas de lado em benefício dos lucros para o sistema financeiro. Precisamos estar atentos para saber como agir e resistir diante de tudo isso que tem se apresentado  atualmente”, resume  Picinin. 


Além do presidente do SAEMAC, participam integram também a mesa do seminário, o presidente do SINTAEMA /SP, José Faggian; o  secretário-geral do SINTSAMA/RJ, Paulo Sérgio Farias; o  presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wunsch; e o secretário de Formação do Sintaema/SC, Gherly Andrey Ranzan.

Fórum Social 
O Fórum Social das Resistências, é um evento que iniciou em 2017, em Porto Alegre (RS), e que se insere dentro dos processos do Fórum Social Mundial. Tem como objetivo criar um espaço de articulação, divulgação e ampliação de todas as formas de resistências criadas pelos movimentos culturais, ambientais, políticos e sociais no Brasil e na América Latina.

 Busca inovar através da realização de Assembleias de Convergências Autogestionadas organizadas por várias organizações e movimentos sociais. Estas Assembleias de Convergências amplas e abertas à participação de todas as pessoas interessadas, discutem as causas das crises, apresentam propostas e organizam iniciativas e luta e resistência. 

O Fórum terá transmissões ao vivo pelos meios de comunicação próprios do Fórum e das entidades participantes. 

CLIQUE AQUI E CONFIRA TODA A  PROGRAMAÇAO DO FÓRUM SOCIAL DAS RESISTÊNCIAS


PROPOSTA DO ACT DA SANEPAR É APROVADA COM DIFERENÇA DE APENAS 64 VOTOS

Por apenas 64 votos de diferença, trabalhadores aprovaram a proposta. 2.331 trabalhadores votaram na assembleia sendo que 1.191 trabalhadores  foram favoráveis à proposta sem aumento real e 1.127 saneparianos  foram contra. Mesmo com a diretoria fazendo de tudo para pressionar os trabalhadores a votar, resultado apertado mostra a insatisfação dos trabalhadores com a situação precária com que a empresa é conduzida em relação aos recursos humanos




Resultado apertado. Por apenas 64 votos de diferença, a proposta do ACT 2022/2024 foi aprovada pelos trabalhadores da Sanepar.  2.331 trabalhadores votaram na assembleia sendo que 1.191 trabalhadores  foram favoráveis a não receberem  aumento nos próprios salários e 1.127 saneparianos  foram contra a defasagem salarial em que se encontram. Ainda houve 13 abstenções. 

Os números apertados escancaram a insatisfação  dos trabalhadores com a política de achatamento salarial implementado pela atual diretoria que só conseguiu aprovar  a proposta porque fez de tudo para pressionar liberando os trabalhadores  com os carros da própria empresa pra viajarem até o local de votação.

“Infelizmente, muitos se sujeitaram a votar contra o aumento do próprio do salário. Mas como a assembleia é soberana, o Sindicato respeita a decisão. O resultado deixou claro a insatisfação com essa diretoria, que já é uma das piores da história da companhia em relação ao trato com o trabalhador. Só conseguiram aprovar a proposta porque tiveram que fazer um esforço tremendo, liberando trabalhador com o carro da própria empresa para ir até os locais de votação. A apuração dos votos mostrou como a moral dessa diretoria está em baixa”, enfatiza o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin. 

VOTAÇÃO
Na votação online, 1079 trabalhadores votaram contra a proposta sendo que 1011 votaram a favor de não receber aumento salarial . Houve 12 abstenções. 

Na votação presencial, 60 trabalhadores votaram  contra a proposta e 185 votaram a favor de não receber aumento salarial. 1 trabalhador se absteve. 

Os votos nas urnas presencias ficaram da seguinte maneira: 

CURITIBA – 207 votantes
163 aprovaram a proposta de não receber aumento nos próprios salários
43 foram contra a proposta
Houve 1 abstenção

CASCAVEL -  22 votantes
17 aprovaram a proposta de não receber aumento nos próprios salários
5 foram contra a proposta

Em respeito a soberania da assembleia, nos próximos dias, o  Sindicato estará assinando o acordo com a Sanepar. 



ACT 2022/2024: ÚLTIMO DIA DE VOTAÇÃO. VOTA TRABALHADOR

 Você quer aumento salarial ou não, sanepariano? Então, não deixe que outros decidam por você. Participa, trabalhador e trabalhadora

Atenção, trabalhador sanepariano: hoje, é o último dia de votação da proposta do Acordo Coletivo de Trabalho. Está na sua mão decidir se quer aumento salarial ou não. Se quer ser valorização ou não.  O Sindicato já mostrou como a defasagem salarial, devido a política de achatamento salarial implementada pela diretoria nos últimos anos, faz com que hoje os salários pagos na Sanepar estejam bem abaixo do  mercado. Não são poucos os saneparianos que estão tendo que recorrer a bicos depois do expediente para conseguir sustentar suas famílias. Uma vergonha  para uma empresa do porte da Sanepar que anunciou um lucro de R$ 1,2 bilhão em 2021 e pagou mais de R$ 267 milhões aos acionistas da empresa, em prejuízo dos trabalhadores e da população paranaense. 


Enquanto o sanepariano faz das tripas, coração para conseguir fazer o salário chegar ao final do mês, diretores da Sanepar recebem R$ 55 mil, R$ 65 mil. Não á toa, eles não são atingidos pela inflação e preços descontrolados. Por isso, não estão preocupados se os demais precisam de aumento ou não. Uma vergonha.  E quem vai decidir se abaixa a cabeça para isso ou não é o trabalhador na assembleia. Então, participa, sanepariano. 

COMO VOTAR
Para votar de forma online, acesse o link: https://www.assembleias.saemac.com.br/

Para votar de forma presencial, se dirija pra a sede do Sindicato em Cascavel (Rua Mobral, 464 – Maria Luiza – Cascavel) e na sede em Curitiba (Rua Engenheiros Rebouças, 1151 – Rebouças – Curitiba) 


CONCURSO DA CASAN ESCANCARA A DEFASAGEM SALARIAL NA SANEPAR

Piso inicial da Companhia de Saneamento de Santa Catarina  já é maior do que o salário corrigido pela inflação proposto pela Sanepar para o ACT



Mais uma prova de como o salário do trabalhador sanepariano está defasado é  quando comparamos com o edital do concurso (sim, lá eles fazem concurso)  lançado pela Companhia de Saneamento de Santa Catarina – Casan. Só de piso inicial, ou seja de entrada na empresa, a Casan já oferece R$ 2.471,64 para cargos operacionais. Bem acima do salário já corrigido pela inflação como proposto pela Sanepar para o ACT, de R$ 2.059,73. E essa defasagem salarial não alcança somente os operacionais. Os cargos técnicos e profissionais também são a mesma coisa na comparação.

 Isso escancara como o salário do trabalhador sanepariano está  bem abaixo do mercado.  Para lançar um concurso, é feito todo um estudo dos salários praticados no mercado até para dar motivação das pessoas participarem do concurso. Se a Casan está oferecendo esses valores é porque são os que estão sendo pagos no mercado. Ou seja, comparado com o mercado aí fora, o sanepariano está comendo poeira. Uma vergonha para uma companhia do porte da Sanepar. 

Na assembleia de ontem, dos trabalhadores, ficou nítido a situação precária em que se encontram os operacionais com relatos de saneparianos que estão precisando recorrer a bicos depois do trabalho para poder sustentar suas famílias, pois,  com os preços descontrolados, o salário simplesmente não chega ao final do mês. 

“Isso é resultado da política de achatamento salarial implementando pela diretoria da Sanepar. Já são três anos que os trabalhadores estão sem aumento nos salários. Não é brincadeira. O salário inicial da Cosan mostra como a diretoria da Sanepar está totalmente por fora da realidade do mercado e da situação dos trabalhadores. Não acredito que o sanepariano vá engolir isso calado. É preciso dar uma resposta na votação do ACT como uma alerta para a precariedade dos trabalhadores”, diz o presidente do Sindicato Rodrigo Picinin. 


TRABALHADORES DA SANEPAR PODEM ENTRAR EM GREVE NA PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA (25)

População poderá ficar sem água. Motivo da paralisação é a defasagem salarial de mais de três anos enfrentada pela categoria. Enquanto nega aumento aos trabalhadores, empresa distribuiu R$ 267,6 milhões aos acionistas



 Os trabalhadores da Sanepar poderão entrar em greve na próxima segunda-feira, dia 25 de abril, deixando a população sem água.  A decisão pela paralisação será definida na tarde desta quarta-feira (20), quando se encerra a assembleia de votação da proposta de Data Base da categoria. Na proposta, a empresa concedeu somente a reposição da inflação do período (10,54%) e nenhum índice de aumento real, o que aprofunda ainda mais a defasagem salarial enfrentada pelos trabalhadores.

“Já são três anos sem aumento real nos salários. Isso, num contexto de descontrole dos preços como estamos passando, faz com que os trabalhadores tenham seus salários totalmente achatados enquanto a empresa anuncia um lucro de R$ 1,2 bilhão e que beneficia somente os acionistas em detrimento dos trabalhadores e da população” diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Saneamento no Paraná, Rodrigo Picinin. 

Lucro de R$ 1,2 bilhão em 2021 e novo reajuste da tarifa em maio
Em 2021, o lucro líquido da Companhia de Saneamento do Paraná foi de R$ 1,2 bilhão, um crescimento de 18,2% em relação a 2020. Enquanto nega aumento aos trabalhadores e anuncia para a população um novo reajuste de 5% na tarifa de água e esgoto à partir de maio, a empresa distribuiu a quantia de R$ 267,6 milhões aos acionistas da companhia em 2021. Alguma coisa não cheira bem na Sanepar. 


ASSEMBLEIA DO ACT 2022\2024! PARTICIPE E VOTE, TRABALHADOR




Já está aberta a votação da proposta do ACT 2022/2024. 

Para votar de forma online, acesse o link: https://www.assembleias.saemac.com.br/

Para votar de forma presencial, se dirija pra a sede do Sindicato em Cascavel (Rua Mobral, 464 – Maria Luiza – Cascavel) e na sede em Curitiba (Rua Engenheiros Rebouças, 1151 – Rebouças – Curitiba) 


COMPANHEIRO SANEPARIANO (A): HÁ MESMO MOTIVO PARA COMEMORAR A FESTA DO TRABALHADOR COM A DIRETORIA DA SANEPAR?

Devido à baixa adesão, gerência e diretoria tem pressionado os trabalhadores para confirmarem presença na festa. Mas como participar de um evento promovido por quem não valoriza o próprio trabalhador?


Trabalhadores informaram ao Sindicato como a diretoria da Sanepar e a gerência tem pressionado os trabalhadores para participarem da festa do trabalhador que a empresa promoverá no próximo dia 30 de abril, por ocasião do Dia do Trabalhador. A preocupação da diretoria é a baixa adesão dos trabalhadores até agora. Ora, não é para menos. Como querem que o trabalhador participe de um evento promovido por quem não valoriza o próprio funcionário? É muita cara de pau. Acham que por causa de uma festa o trabalhador vai esquecer o PCCR que desvaloriza, o corte da insalubridade, a escala 4x2 que já ficou provado que prejudica o trabalhador e mesmo assim a diretoria insiste em manter?  Será que acham que  trabalhador vai esquecer a renda defasada porque está a mais de três anos sem reajuste por capricho da diretoria mesmo com a empresa tendo lucro em cima de lucro?  Depois de tudo isso ainda querem que o trabalhador participe de uma festa  apenas para fazer de conta que está tudo bem? Para tirar foto?  Para fazer teatro? Ora, realmente, é muita falta de dignidade da diretoria... ou será desvio de caráter mesmo? 

Enfim, não há sentido nenhum em comemorar o Dia do Trabalhador com a diretoria da empresa. É preciso lembrar que o 1º de maio  é uma data histórica e que serve para recordar  que todos os benefícios que o trabalhador possui hoje não vieram de graça, nem por bondade do patronal, mas sim depois de muita luta e sacrifício. Serve para lembrar que é preciso manter essa luta viva para defender nossos direitos, a renda da nossa família e para exigir mais  valorização da nossa mão de obra. O trabalhador deve é comemorar esse dia ao lado dos companheiros do dia a dia, dos amigos, da sua família. Não do lado de quem não se importa com ele. Aliás, não do lado quem só vê o trabalhador apenas como uma peça para aumentar seus lucros. Não pense que a diretoria está organizando essa festa porque ela se importa com você, sanepariano. Se a diretoria  se importasse mesmo com você, ela estaria fazendo uma proposta de ACT que recuperasse seu salário defasado, ela não cortaria sua insalubridade, ela implementaria um PCCR de verdade que desse oportunidade de crescimento, ela discutiria uma escala de trabalho decente. Não, não é por você essa festa. A ideia é só tentar passar a imagem lá fora que a companhia se importa com você, que a empresa é uma mãe, que é todo mundo feliz, que “amamos nossos colaboradores” e outras discurseiras  pseudo-corporativas  que vão fazer no dia para tentar enganar a sociedade aí fora. Mas você mesmo, trabalhador, sabe qual é a realidade dentro da empresa, principalmente, do seu bolso. 

 A festa teria sentido se houvesse respeito de verdade da diretoria com o trabalhador. Porém, sabemos que é só um teatro mais voltado para a imagem da empresa do que para a realidade do trabalhador. Enfim, são pontos para sua reflexão. É você, companheiro trabalhador e trabalhadora,  que decide se quer participar desse teatro ou fica em casa em protesto contra a hipocrisia da diretoria. Honremos a data do Dia do Trabalhador para exigir respeito de verdade.  


SAEMAC DESFAZ SÉRIE DE FAKE NEWS SOBRE O ACT


Em tempos em que a negociação do ACT se acirra com a Sanepar, circulam muitas informações nos corredores com o intuito de influenciar o voto dos trabalhadores. E, infelizmente, muitas dessas informações são jogadas mais com o intenção de confundir do que esclarecer; de tumultuar do que apaziguar; de manipular do que informar. São as chamadas fake news, ou, mais diretamente falando, mentiras mesmo. O SAEMAC está atento para desmontar as que chegaram ao nosso conhecimento. 

10% NÃO É AUMENTO. É REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO
Circula por aí que o presidente Claudio Stábile estaria dizendo que já está dando 10% de aumento no ACT e por isso não entende porque os trabalhadores estão chateados com a proposta. Ora, sabemos que o Sr. Cláudio Stábile não é tolo. É claro que ele deve saber que correção inflacionária é bem diferente de aumento real.  Tanto que está bem escrito na proposta da própria empresa o termo “correção salarial” pelo INPC (inflação do período). E a inflação do período fechou em 10,54%. Ou seja, não existe aumento de salário como está tentando dizer o sr. presidente. O que tem na proposta é a reposição pela inflação.  Aumento salarial real é quando o índice de reajuste fica acima da inflação, como reivindicam as entidades sindicais, o que não é contemplado na proposta da empresa. O fato é que só fazendo correção salarial, ao longo dos anos os salários começam a ficar defasados. Ainda mais em um período de inflação descontrolada como agora. 

Aumento mesmo de salário é quando o índice de reajuste fica acima da inflação. Como dissemos acima,  é impossível que o sr. Cláudio Stábile não saiba disso. Por isso, é muito feio presenciar o presidente de uma companhia do porte da Sanepar espalhar esse tipo de fake news de que  10% é aumento salarial no atual contexto inflacionário vivido no país. Que é isso, heim, presidente? É por isso que  circula por aí a imagem do senhor com um protuberante nariz de Pinóquio. Quem faz a fama, deita na cama. 

Outra estorinha estranha que circula por aí é a da antecipação da negociação do ACT, que isso foi para favorecer o trabalhador e blá, blá, blá. Ora, não sejamos inocentes. Esse é um ano eleitoral e a atual diretoria depende da reeleição do atual governo para sobreviver. Essa imagem de que se importam com os saneparianos caiu fácil por terra quando vemos os trabalhadores tendo que passar pelo desânimo de votar uma proposta que não contempla o principal para a própria sobrevivência da sua família: um índice de ganho real que aumente de verdade os salários.  Então, a estorinha da antecipação é mais uma fake news jogada por terra. 

SANEPARIANO TEM SIM DIREITO À AUMENTO REAL
Outra fake news que soltaram entre os trabalhadores é a de que a legislação veta que servidores públicos não tenha direito a aumento real em ano eleitoral e que, por causa disso, não adianta reprovar a proposta da Sanepar em assembleia. Vários trabalhadores procuraram o Sindicato preocupados com essa lei. Ora, a Lei realmente existe, porém, ela não se aplica aos saneparianos por que estes são regidos pelo sistema celetista de contratação. O Sindicato não estaria nesta luta árdua e desgastante por aumento real se isso não fosse possível.  Ou seja, o trabalhador tem sim todo o direito a receber aumento real nos salários. O resto é conversa para boi dormir espalhado por quem quer esfriar a luta e manipular o trabalhador para aprovar a proposta maquiada da empresa. A única coisa que está impedindo o aumento salarial dos trabalhadores  é a má vontade da diretoria.  

Enfim, conclamamos todos os trabalhadores a se manterem unidos na luta por aumento real e não desanimar. É uma luta difícil? É, mas todos os benefícios que o trabalhador usufrui hoje também foi conquistado na base da luta. Nada veio de graça. Por isso, é preciso se unir e perseverar. Participem da assembleia e deem o seu voto dizendo se querem aumento salarial ou não. 

Quanto as fake news que circulam por aí. Não se deixem levar por elas. Em caso de dúvida a respeito de alguma informação atravessada, procurem os diretores do SAEMAC. O Sindicato tem todo um corpo jurídico e técnico especializado para auxiliá-lo na luta pela valorização da mão de obra. Derrubaremos uma a uma as fake news criadas para confundir os trabalhadores e  tumultuar as negociações por ganho real.   União e força, companheirada. 


SAEMAC CONVOCA OS TRABALHADORES DA SANEPAR PARA ASSEMBLEIA NO DIA 18 DE ABRIL

 Trabalhadores vão decidir se querem aumento salarial ou não



O SAEMAC convoca os trabalhadores da Sanepar  para a assembleia extraordinária para debater e votar a proposta maquiada da empresa sobre o ACT 2022/2024. A assembleia online será na próxima segunda-feira, dia 18 de abril. Será o momento de debater e tirar dúvidas sobre a proposta.  Logo após terá início a votação. TODOS OS TRABALHADORES ESTÃO CONVOCADOS PARA EMITIR SUA OPINIÃO E PARTICIPAR DESTE MOMENTO IMPORTANTE PARA SUA RENDA FAMILIAR. 

“De forma deplorável, a diretoria da empresa alterou apenas um item complementar da proposta para maquiar como nova proposta e, dessa forma,  manipular os órgãos fiscalizadores  a cobrarem das Entidades Sindicais a realização das assembleias com os trabalhadores.  Só por essa atitude já fica claro de qual buraco saiu essa gente que está à frente da companhia, o que é uma mancha na história da empresa construída com muito esforço pelos saneparianos. Pois bem, agora é o trabalhador que vai decidir se aceita esse tipo de atitude  dentro da empresa ou não e se quer aumento salarial ou não. O Sindicato já tem sua opinião sobre a luta por aumento real, mas está nas mãos dos trabalhadores continuarem a luta ou não”, diz o  presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin.

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA  ONLINE - ACT 2022/2024
DATA: 18 DE ABRIL
À PARTIR DAS 08H30


CONFIRA O EDITAL DE CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA:



SAEMAC EXIGE QUE SANEPAR RETIRE OS ADESIVOS DE PROPAGADA ELEITORAL DOS VEÍCULOS DA EMPRESA

Na hora de colocar os adesivos, Sanepar contratou empresa para isso, agora na hora de retirar joga a responsabilidade para cima do trabalhador



Trabalhadores entraram em contato com o Sindicato para alertar sobre a dificuldade que estão tendo para retirar dos veículos os adesivos da propaganda eleitoral antecipada que atrapalhava a visibilidade dos motoristas, denunciada pelo SAEMAC recentemente. Com a denúncia a Sanepar recuou e determinou a retirada dos adesivos, porém, ao invés de chamar a mesma empresa que instalou para fazer a retirada, a diretoria jogou a responsabilidade da retirada  para cima do trabalhador. Uma palhaçada. 

“Temos recebidos fotos dos trabalhadores mostrando a dificuldade para retirar esse tipo de material sem danificar os vidros. É uma vergonha que  hora de colocar os adesivos, a Sanepar contratou empresa para isso, agora na hora de retirar joga a responsabilidade  para cima do trabalhador para executar uma tarefa que não é prerrogativa dele.  Se acontecer algum dano no veículo, a empresa assume a bronca? Já que gastou uma grana preta e desnecessária com isso, a  Sanepar que mande a empresa que instalou  vir fazer a retirada”, exige  o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin. 

DENUNCIE
Para denunciar qualquer irregularidade no ambiente de trabalho, o sanepariano deve procurar o representante sindical da sua gerência ou fazer sua denúncia pelo 0800-600-5161 do SAEMAC, disponibilizado exatamente para isso. Não sofra calado, trabalhador. Denuncie.


TRABALHADOR SANEPARIANO: ESSES SÃO OS DADOS QUE A DIRETORIA NÃO QUER QUE VOCÊ SAIBA!

O Sindicato teve acesso a dados que comprovam os lucros exorbitantes da Companhia no ano de 2021. Os dados comprovam  que  não há déficit orçamentário nenhum. Ou seja, a não concessão de aumento real aos trabalhadores não passa de má vontade da diretoria. Uma vergonha

Por fora, bela viola, por dentro, pão bolorento: o Sr. Claudio Stábile posa de bom moço aí fora, mas a realidade é que o sanepariano está com a corda no pescoço com o descaso dessa diretoria. 

Pois é , trabalhador sanepariano e sanepariana, com uma postura intransigente a diretoria tem emperrado as negociações do ACT 2022/2024. De forma autoritária, tenta tumultuar as negociações, não tem seriedade, demonstra falta de maturidade. Em suma, não quer conceder aumento real e nem valorizar o trabalhador apenas porque não quer. Tem o trabalhador como inimigo, quer colocá-lo no cabresto . Pelo menos, essa é a única explicação que temos ao verificar tanta má vontade com os trabalhadores já que os resultados financeiros da companhia comprovam que a concessão de um índice de aumento real é possível. 

O SAEMAC foi atrás e teve acesso a dados  da empresa  que apontam que em 2021 O LUCRO LÍQUIDO DA SANEPAR FOI EXORBITANTE TOTALIZANDO  R$ 1,2 BILHÃO, com um crescimento de 18,2% em relação ao exercício anterior. Os dados  foram  extraídos do “Relatório da Administração e  Demonstrações Contábeis 2021” da Companhia, conforme trecho  a seguir: 

LUCRO É FRUTO DO ESFORÇO DO TRABALHADOR
No mesmo relatório, a empresa aponta e “agradece” aos  6.300 funcionários que tornaram possível  esse resultado. Ou seja, a diretoria sabe que boa parte desse  resultado é fruto do esforço e dedicação do trabalhador sanepariano. Nosso trabalho, nosso sacrifício, nossos finais de semana sem a família deram à Sanepar um caixa de R$ 1,7 bilhão em 2021, valor, conforme esses mesmos dados divulgados, 6,6% superior ao gerado no exercício anterior. Isso, inclusive, é vendido aos investidores pelo sr. Cláudio Stábile: 



Porém, ao mesmo tempo que se faz de bom moço para a sociedade aí fora, internamente, sr. Cláudio Stábile se mostra autoritário, irresponsável e inconsequente quando trata com os trabalhadores. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.  Enquanto tenta passar a imagem que para o mercado está tudo certo, a realidade é que a situação em relação aos trabalhadores não está nada bem. Como dito acima, o lucro exorbitante de R$ 1,2 bilhão comprova que não há déficit nenhum  e que a valorização do trabalhador é apenas uma questão de vontade da diretoria. Se a negociação não avança e  a coisa  está se tornando insustentável,  isso se deve única e exclusivamente à postura do diretor presidente. É ele que está tumultuando, é ele que tem adotado a política vil de  jogar os trabalhadores uns contra os outros usando a velha tática de dividir para conquistar.  Não podemos entrar nesse jogo. Temos que nos manter unidos. 

Se a empresa propaga aos quatro ventos que o seu capital humano é o maior ativo da companhia, porque então não facilitar as coisas e promover melhores condições de trabalho, remuneração e valorização efetiva do trabalhador? Isso para que o trabalhador possa ter boas condições de vida e, profissionalmente,  tenha motivação maior para  continuar contribuindo para que a empresa alcance suas metas.  O trabalhador precisa de segurança a longo prazo e não de instabilidade, de incerteza. Não dá para ter que começar a fazer bico para sobreviver. O resultado financeiro da Companhia é excelente e seria motivo de orgulho para o trabalhador, porém, com a postura intransigente do sr. Cláudio Stábile, acaba virando frustração. Em vez de exaltar a vitória competitiva difundida pela empresa, o trabalhador, desmotivado, fica pensando qual será o golpe de foice da diretoria. Lamentável. 

Enquanto batemos o pires querendo o mínimo para sobreviver e poder pagar as contas, a Companhia distribuiu R$ 267,6 MILHÕES em dividendos e juros sobre o capital próprio aos seus acionistas. É um escárnio. Não estamos pedindo nada que não seja a valorização dos trabalhadores. Já são três anos com salários defasados. Porém, a diretoria  prefere o conflito. Como comprovamos acima, dinheiro tem! Então é inexplicável a postura da diretoria. Uma vergonha. 


ACT: SANEPAR ENROLA PARA TENTAR DESVIAR O FOCO DA REIVINDICAÇÃO POR AUMENTO REAL

De forma autoritária e antidemocrática, diretoria  insiste em não reconhecer o resultado da  última assembleia. Para empresa, resultado só  vale quando é favorável para ela. Uma vergonha


A Sanepar respondeu agora, no final da tarde, a contraproposta do Coletivo Intersindical para o ACT 2022/2024. Quer dizer, tentou mais enrolar do que responder. De forma ardilosa, alterou alguns itens do teletrabalho apenas para tentar maquiar como nova proposta.  Sobre o aumento real, principal reivindicação dos trabalhadores e que é o foco do impasse na negociação, novamente nenhuma palavra ou sinalização, o que evidencia  o total descaso da diretoria com os trabalhadores. 

“A diretoria fica de enrolação e cada vez mais aumenta o problema que ela mesma criou. Nossa reivindicação e principal impasse na proposta  é o aumento real dos salários, que a atual diretoria congelou nos últimos anos. É sobre isso que  devemos nos concentrar. Porém, a diretoria, ao invés de ter maturidade e coragem para mirar a questão, tenta desviar o foco visando tumultuar. O ajuste da cláusula  do teletrabalho que ela propõe não passa de uma piada já que ela faz uma proposta sugerindo uma cláusula que ela mesmo descumpre já que nenhum dos trabalhadores da diretoria  comercial entra no teletrabalho por determinação da própria empresa. Fica claro que é uma atitude não pensando em solução, mas sim para tumultuar, maquiar, desviar o foco.  Postura vergonhosa e desrespeitosa com os trabalhadores. O impasse é o aumento real e é isso que devemos debater”, resume o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin. 

Além disso, de forma autoritária e antidemocrática,   a diretoria   apela para  uma postura truculenta não querendo reconhecer  o resultado da última assembleia que rejeitou a proposta que a empresa insiste em apresentar novamente. Ainda com o intuito de desviar o foco e tumultuar,  a diretoria tenta questionar o resultado da assembleia dizendo que não houve clareza da proposta para os trabalhadores. Ora, além de divulgarmos a íntegra da proposta dias antes, em todos os nossos meios de comunicação, no dia da assembleia foi ABERTA A PALAVRA PARA TODOS OS TRABALHADORES que quisessem se manifestar e tirar suas dúvidas antes de iniciar a votação. O destaque é  que essa foi a assembleia com maior número de participantes dos últimos cinco anos e todos que quiseram se manifestar o fizeram livremente. 

Covardemente, a diretoria tenta tirar a credibilidade do resultado da assembleia porque ainda não engoliu o fato de que os trabalhadores tiveram a coragem de rejeitar a proposta sem aumento real. Para o senhor Cláudio Stabile, só vale a assembleia que dê o resultado que ele quer. Senão, não vale. Uma postura vergonhosa de menino mimado. Porque o resultado das assembleias dos 18 Sindicatos que aceitaram a proposta vale para a diretoria e o resultado rejeitando a proposta da assembleia dos Sindicatos majoritários que, ressalte-se,  REPRESENTAM MAIS DE 60% DO EFETIVO DA EMPRESA, não vale? Que postura é essa? É ou não birra da diretoria. 

Enfim, ao invés de querer ficar se metendo de forma arbitrária na assembleia dos trabalhadores e no modo de organização  das entidades sindicais, o que viola o estado democrático de direito e a Constituição Federal, porque a diretoria não procura concentrar todo esse esforço que está fazendo para tumultuar em tentar resolver este impasse que ela mesma criou  nas negociações? Como os últimos resultados financeiros da Companhia comprovam, estabelecer um índice de aumento real é possível. Basta apenas vontade. Infelizmente é inexplicável a atitude da diretoria em procurar tratar o trabalhador sanepariano como inimigo da empresa. 

O Coletivo Intersindical lamenta essa postura. Nos próximos dias, o Coletivo estará informando os trabalhadores sobre os próximos passos. Ou nos unimos para buscar dignidade ou teremos que engolir a postura lamentável da diretoria.  O Sanepariano é que decide se vai ficar aguentando essa humilhação. 

ABAIXO, SEGUE A ÍNTEGRA DA “RESPOSTA” DA SANEPAR: 










APÓS DENÚNCIA DO SAEMAC, SANEPAR RECUA E RETIRA DOS VEÍCULOS DA EMPRESA OS ADESIVOS COM PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA

Adesivos atrapalhavam visibilidade dos motoristas. Após denúncia, empresa passou email tentando dar um migué dizendo que “objetivo” já foi alcançado e, por isso, os trabalhadores já  podem retirar os adesivos



Após o SAEMAC passar a semana inteira denunciando como os adesivos do programa “Água Solidária” colados no vidros traseiros dos veículos da empresa atrapalhavam a visibilidade e colocavam em risco a vida dos trabalhadores, a Sanepar recuou e determinou a retirada do material dos carros.  Nesta manhã (04), a empresa enviou email aos trabalhadores dizendo que  os “objetivos” já foram alcançados e que os adesivos já podem ser retirados. 

A pergunta é: que “objetivos” seriam esses? Essa estória ta com cheiro de migué da diretoria da Sanepar. A verdade é que essa diretoria tinha é que ter vergonha na cara e saber que ninguém aqui é criança.    Essa desculpa da empresa de objetivo alcançado não passa de uma piada pronta.  O fato é que a diretoria reconheceu que estava colocando a vida do trabalhador em risco para puxar o saco do governo com propaganda eleitoral antecipada mas, sem humildade e para não dar o braço  a torcer,  veio com essa estória de “objetivo alcançado”. Uma vergonha. Valeu a pena gastar uma grana preta para fazer uma divulgação em tempo tão reduzido? Como se vê, a desculpa da diretoria não encaixa. 

É uma vergonha que, em plena campanha salarial, quando os trabalhadores tem penado para conquistar um índice de  aumento real que recupere, pelo menos em parte, seus salários,  vejamos a diretoria  da empresa dando desculpa que isso não é possível  ao mesmo tempo que  esbanja uma grana violenta  para fazer propaganda eleitoral antecipada para puxar o saco do governo. Realmente, os valores tem se invertido no Brasil, porém, o SAEMAC está em cima e convoca os trabalhadores a continuarem denunciando toda e qualquer irregularidade que venha  ferir sua dignidade no ambiente de trabalho. Não vamos ficar quietos. Diretoria da Sanepar, tenha vergonha na cara. 

CONFIRA O EMAIL DA SANEPAR AOS TRABALHADORES: 


SERVIDORES DO PARANÁ ACUMULAM DEFASAGEM SALARIAL DE 34%, LEGADO DE RATINHO JÚNIOR

Em contrapartida, isenção fiscal atingiu recorde no ano passado; categoria seguirá em luta, inclusive contra mentiras do governador que diz em propaganda oficial que os trabalhadores tiveram reajuste de 48,7%



Os servidores públicos do Paraná lutam contra o achatamento salarial imposto pelo governador Ratinho Júnior (PSD), que derrubou o poder de compra, o que impacta fortemente nas condições de vida da categoria, e, de forma autoritária, se recusa a negociar com os sindicalistas melhores condições de trabalho e renda.

O funcionalismo público do Paraná luta contra o encolhimento de 34% nos salários, contra as mentiras do governo Ratinho - que diz em propaganda oficial que os trabalhadores tiveram um reajuste de 48,7% - e também por uma atitude democrática do governo, de sentar e negociar com os representantes da categoria.

“Tentamos, ao longo dos últimos anos, estabelecer diversas formas de diálogo com o Governo do Paraná”, lembra o presidente da CUT Paraná, Márcio Kieller.

 “Desde comitês com a participação dos trabalhadores e trabalhadoras para definição de políticas de controle e combate à pandemia, passando pelas dificuldades enfrentadas para garantir um aumento substancial no piso mínimo regional, até as negociações com os servidores públicos, tudo foi tentado, mas nada funcionou”, diz Márcio Kieller, que conclui: “Ratinho Júnior tem um lado claro: do empresariado e distante da classe trabalhadora. É indiscutível”.

A REAL SITUAÇÃO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS
A realidade do funcionalismo público do Paraná é bem diferente do que diz o governo de Ratinho Júnior. Além das perdas salariais, os servidors públicos do estado enfrentam a falta de condições dignas de trabalho, o que garante atendimento de qualidade para população em áreas essenciais como educação, saúde e saneamento básico, entre outras, acumula prejuízos na aposentadoria e total ausência de diálogo para negociar melhorias e reajuste, como ressaltou o presidente da CUT-PR.

O QUE FOI APROVADO NA ASSEMBLEIA
Na quarta-feira (30), a Assembleia Legislativa do Estado, aprovou um pacote de projetos de lei que estabeleceu novos benefícios para algumas categorias. São cinco PL´s, cada um para um tipo de carreira ou com função diferenciada, como o auxílio alimentação para servidores ativos.

O valor que já era pago desde dezembro para os servidores da segurança foi ampliado para outros setores, como a saúde. Contudo, educadores e outros segmentos com carreira própria ficaram de fora da divisão do bolo.

Este é um mecanismo utilizado pelo governo para agradar determinados setores do funcionalismo sem aumentar o salário. O último reajuste, de 3%, aprovado em dezembro do ano passado, foi pífio e ficou muito distantes da defasagem acumulada de mais de 30%. 

MOBILIZAÇÃO É A SAÍDA
A saída quando não há contrapropostas às pautas apresentadas nem diálogo é a mobilização para forçar o governo a sentar na mesa e negociar. É isso que os servidores públicos, desde professores, passando por setores como meio-ambiente e até mesmo a polícia, estão fazendo. Eles realizam manifestações constantes em frente ao Palácio Iguaçu, sede do poder executivo estadual e se moblizam nas redes sociais para pressionar o governo. Uma tenda já está montada há meses na praça em frente ao local para cobrar reposição para a categoria. Montada por policiais, agora o espaço conta com o reforço de servidores da saúde pública.

EDUCAÇÃO EXIGE DIREITOS DA CATEGORIA
“A educação não teve 48% de aumento. Todos nós que estamos aqui recebemos apenas 3%”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Mazeto, em ato realizado em frente ao Palácio Iguaçu. 

O governador mentiu e manobrou para aplicar o pagamento do reajuste do Piso do Magistério de 2022 de forma errada e dizer para a população que trabalhamos pouco, recebemos muito e reclamamos de novo. Chega de arrancarem de nós o que é nosso por direito.- Walkiria Mazeto

As emendas propostas pela oposição na Assembleia Legislativa tentavam reduzir o prejuízo, mas foram derrotadas pela tropa de choque de Ratinho Júnior no legislativo estadual.

Além da defasagem salarial e de lutar contra a máquina de propaganda estatal que omite os verdadeiros dados, a categoria sequer consegue estabelecer negociações com a gestão estadual, afirmou a vice-presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e secretária de assuntos jurídicos da APP-Sindicato, Marlei Fernandes.

“No final de 2021, o governador  Ratinho Júnior apresentou de forma midiática um suposto reajuste que representaria aumento de 48,7% no início da tabela e cerca de 10% no final. Na prática, isso achatou a tabela e avança na transformação do piso em teto”, explicou Marlei.

“Outra ironia neste caso é que o pagamento dos professores viria com recursos do Novo Fundeb. De fato teremos mais recursos do Fundeb graças à luta de todos os trabalhadores e trabalhadoras na educação, por intermédio da APP e da própria CNTE”, enfatizou Marlei Fernandes, que acrescentou: “Ele foi um dos poucos governadores do país a não assinar a carta em defesa do Novo Fundeb em 2020. É uma desfaçatez”.

DINHEIRO NO COFRE TEM
As dificuldades encontradas pela categoria para receber a reposição salarial e estabelecer diálogos contrasta com a arrecadação do Estado e também com a isenção fiscal em patamares nunca vistos antes.

Desde 2017, quando os dados passaram a ser divulgados, o valor da arrecadação é recorde. Se em 2021 foram R$ 12,4 bilhões, a expectativa é que neste ano cheguem a R$ 17,4 bilhões, um aumento de 40% e que pode ultrapassar 30% do orçamento do Estado para o ano que vem.

Quanto a isenção fiscal, parte dela pode ser creditada aos aposentados que acabam pagando a conta. Isso porque, em 2019, Ratinho Júnior conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa um Projeto de Lei que prevê 3% a mais de cobrança para o pagamento de aposentadoria. A alíquota foi ampliada de 11% para 14%.

RECEPÇÕES CALOROSAS A RATINHO JÚNIOR
Diante deste cenário a categoria promete continuar em luta. “Seguiremos denunciando Ratinho Júnior e fazendo o que já estávamos fazendo: preparando calorosas recepções em suas agendas governamentais que se tornam atos de campanha eleitoral”, diz o professor Vandré Silva, presidente do Núcleo Metro Norte da APP-Sindicato e secretário de comunicação da CUT Paraná. 

“A população precisa e vai saber que o discurso do governador e a propaganda da TV são completamente distintos da realidade”, completou o dirigente. 

AFILHADO DE BOLSONARO
Afinado politicamente com Jair Bolsonaro (PL), o presidente que mais ataca os direitos da classe trabalhadora, Ratinho Júnior também aplica a receita neoliberal para o tratamento com servidores e o serviço público.

Para o economista do Dieese, Sandro Silva, não há desculpas para não garantir reposição para a categoria. “Apesar de a receita continuar subindo, mesmo com a pandemia, o percentual limite da Lei de Responsabilidade Fiscal caiu para o menor dos últimos anos. O limite máximo previsto em lei é de 49% da receita gasta com o funcionalismo. No Paraná o ano passado fechou em 42,19%. O menor destes últimos anos e mesmo agora, quando observamos que há espaço para o reajuste, com o crescimento da receita corrente liquida em praticamente 19%, mesmo assim o governo não prioriza os servidores públicos”, apontou.

Segundo ele, o reajuste anunciado está muito atrás de outros estados. “Se compararmos com outros estados, até o momento, o Paraná foi o menor. Teve estado que teve 13%, 15%, outros que deram mais, principalmente para os professores que tem a questão do piso nacional. A perda do servidor é muito grande e deixa clara a prioridade do governo. Infelizmente é essa a realidade no Brasil, tanto no governo federal quanto no plano estadual. Isso sem contar a proposta da reforma administrativa que tem como único objetivo flexibilizar a contratação para reduzir o gasto público com os servidores, sem avaliar a qualidade e o alcance do serviço público”, finalizou.

FONTE: CUT/PR – 01º DE ABRIL