É sanepariano e sanepariana, por mais que o governador jure de pé junto que a privatização da Sanepar é só boato e conversa de corredor, a realidade que a diretoria da empresa tenta tapar com a peneira é bem outra. Cada vez mais tem avançado o processo de terceirização dentro da companhia, o que não deixa de ser uma privatização disfarçada, concluída de forma parcelada. Não bastasse já terem terceirizado os setores da leitura, corte, geofone, manutenção, entre outros, agora a terceirização alcança também o setor do atendimento, com o lançamento do edital no formato pregão.
Só do atendimento, o processo de terceirização abarca 10% do quadro funcional da Sanepar. Os prejuízos para os saneparianos que trabalhavam no setor são significativos, pois atingem em cheio sua renda com a perda dos 15% da gratificação do adicional do atendimento previsto no ACT, sem contar os transtornos causados com a insegurança e a falta de critérios para o remanejamento dos saneparianos do setor para outras áreas. Sem contar das perdas significativas para o Sanesaúde e a FusanPrev que também estão em risco com a não entrada de novos trabalhadores concursados.
É significativo que, em pleno concurso público aberto, ou seja, com uma ótima oportunidade em mãos para reforçar o quadro funcional da companhia, a diretoria da empresa, cadenciada sob a batuta do governador roedor, prefira optar pela terceirização, um processo mais do que comprovado de precarização.
É fato que a terceirização sucateia a estrutura da Sanepar e o bom nome da companhia construído com muito suor, ao longo de anos, pelos saneparianos. Não faz muito tempo, a Sanepar ficou em evidencia no noticiário devido ao excesso de reclamação dos usuários com o setor privatizado da leitura. É o nome da Sanepar jogado na lama devido à imposição de uma política governamental mais preocupada em fazer o jogo do sistema do que prestar um bom serviço para a população.