Outra exigência do Sindicato é que seja realizada concurso público para a contratação da mesma quantidade de trabalhadores que saírem no PDV para evitar acúmulo de serviço para quem vai ficar
Em nova reunião, na manhã desta sexta-feira (20), com a comissão negocial da Sanepar para tratar do PDV, o SAEMAC deixou claro sua preocupação com a proposta que determina a quitação das ações coletivas para quem aderir ao PDV.
“90% das empresas que instituem um PDV não cobram quitação total do contrato de trabalho. Até a Copel, mesmo com um PDV carregado de equívocos, não teve essa exigência e mantiveram o direito dos trabalhadores que estavam buscando reparação por terem seus direitos violados. A Sanepar precisa entender que, se o trabalhador entrou com uma ação na justiça foi porque a própria diretoria da empresa não respeitou o direito dele. É uma situação criada pela própria diretoria e, agora, querem usar do PDV, para se livrar da responsabilidade. Não dá para aceitar isso”, enfatizou o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin.
Outra exigência do SAEMAC se refere a realização de concurso público para a contratação da mesma quantidade de trabalhadores que saírem do PDV. O objetivo é evitar o acúmulo de função para os trabalhadores que ficarem na empresa. O Sindicato, inclusive, possui uma ação coletiva de assédio moral institucional questionando o acúmulo a que os trabalhadores tem sido submetidos por causa da política de sucateamento da companhia que vem sendo implementada nos últimos anos pelas recentes diretorias.
“É preciso a reposição dos postos de trabalho para garantir e preservar a saúde e segurança dos trabalhadores pra garantir o bom funcionamento da empresa. O resultado do acúmulo de função é o trabalhador extenuado, doente e os serviços precarizados”, deixou claro Picinin.
ASSEMBLEIA SÓ COM UMA PROPOSTA DECENTE
“Estes foram nossos principais apontamentos na reunião de hoje. Deixamos claro que, enquanto não houver uma proposta que interesse também aos trabalhadores, não tem como realizarmos assembleia de deliberação. Continuamos de portas abertas para negociar. Caso a empresa solucione a situação dessas duas propostas podemos avançar na construção do acordo”, conclui o presidente do SAEMAC.