Ação do Sindicato mostra que, enquanto custos da empresa como luz, água, internet diminuíram, trabalhadores em home office tiveram que arcar com o aumento dessas despesas para poderem trabalhar
A 12º Vara do Trabalho de Curitiba marcou para o dia 27 de maio a audiência de conciliação referente à ação do SAEMAC para que a Sanepar indenize e passe a conceder ajuda de custo para os trabalhadores que estão em home office. Como o Sindicato comprova na ação, através dos balancetes disponibilizados no site da própria empresa, neste tempo em que os trabalhadores estão em home office, a Sanepar teve seus custos de água, energia, internet, telefone, material de escritório e limpeza, uniformes, entre outros gastos administrativos reduzidos. Enquanto isso, os trabalhadores do teletrabalho tiveram que arcar com o aumento das despesas em sua casa para poder trabalhar.
Diante desses fatos foi que o Sindicato resolveu entrar com a ação para exigir que empresa passe a conceder um auxílio ao trabalhador associado do SAEMAC para absorver esses gastos já que, como determina o Artigo 2 da CLT, é o empregador que tem a obrigação de custear as despesas do seu negócio.
Outro ônus que pesou sobre o trabalhador em home office deve-se aos fatores ergonômicos. Além de ter que custear o próprio trabalho, o sanepariano teve que se virar para improvisar um ambiente de trabalho em sua casa sem, ao menos, qualquer apoio da empresa em relação a equipamento ou infraestrutura adequada para manter a saúde ergonômica. A ação coletiva do SAEMAC também exige que a empresa auxilie o trabalhador nessa questão.
“Pagar para trabalhar é inaceitável. Sabemos das dificuldades impostas pela pandemia e dos desafios advindos no alinhamento do home office e o respeito à integridade do trabalhador. A empresa não pode somente jogar a situação no colo do trabalhador e lavar as mãos. Ela tem que se responsabilizar junto como determina a Lei. Por isso, estamos exigindo que a Sanepar cumpra a lei e absorva os gastos dos trabalhadores em home office através de uma ajuda de custo”, diz o presidente do SAEMAC, Rodrigo Picinin.