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FALTA DE HIGIENIZAÇÃO NOS UNIFORMES: MAIS UM DESCASO DA SANEPAR COM A SAÚDE DO TRABALHADOR

Diretoria administrativa se dedica com afinco  para tornar a atual direção a pior de toda a  história da empresa  para os trabalhadores


A atual diretoria da Sanepar é um caso a ser estudado. A impressão que dá é a de que os caras levantam todo dia pensando: “Onde eu vou prejudicar o trabalhador hoje?”. Nossa desconfiança parece ser exagero, mas não é. Está baseada em fatos concretos. Já atacaram a insalubridade, implantaram a prejudicial escala 4x2, atacaram a renda do trabalhador, tentaram invadir sua privacidade, fazem corpo mole e agem com má vontade nas negociações... enfim, temos uma série de situações provocadas pela atual gestão que nossa desconfiança tem todo o sentido. 

A última agora é a NÃO RENOVAÇÃO  DO CONTRATO DE LAVAÇÃO DOS UNIFORMES, o que tem obrigado os trabalhadores a levarem o uniforme de  trabalho para ser lavado e higienizado em sua própria casa. Ora, isso é colocar a saúde do trabalhador e sua família em risco. Ainda mais agora no momento em que o país está numa fase de total descontrole da pandemia. Já são vários os estudos que mostram o alto grau de contaminação do coronavírus  pelo esgoto e água bruta contaminada. Apesar da sua função, quanto menos o trabalhador tiver contato com situações de risco é melhor. Porém, a Sanepar simplesmente jogou nas costas do trabalhador o risco da atividade. Literalmente lavou as mãos, mas não quer lavar os uniformes. Isso sem contar a responsabilidade pela higienização dos veículos e demais materiais de trabalho. Ora, até entendemos a questão da crise hídrica, mas isso não pode ser uma desculpa para a empresa abandonar o que é de sua responsabilidade na mão do trabalhador. A crise sanitária é muito mais grave porque coloca a vida das pessoas em risco. 

Isso sem contar que,  com essa medida, a Sanepar age ilegalmente.  No Paraná,   a Lei estadual 16.280/09 obriga as empresas que utilizam produtos nocivos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente a lavarem os uniformes de seus empregados. O tratamento dos efluentes resultantes da lavagem deve ser realizado em conformidade com a legislação de proteção ao meio ambiente.

Enfim, como se vê, a empresa sempre dá um jeito de tentar prejudicar  trabalhador. Nessa história toda, não podemos deixar de fazer uma  menção (des)honrosa à diretora administrativa que, com a conivência do diretor presidente, tem se empenhado com todas as suas forças para tornar essa a pior  diretoria de toda a história da Sanepar. Sempre intransigente, decide as coisas de cima para baixo, sem consultar os trabalhadores, sem consultar o Sindicato. Se empenha em criar um clima ruim, de confronto, sem espaço para o diálogo, enfim, aplica um modo de gestão há muito tempo já ultrapassado. Enquanto, os manuais de  administração na atualidade   já determinam que o melhor meio de turbinar o rendimento e produtividade  de uma empresa passa pelo respeito  e a valorização dos trabalhadores, a diretoria administrativa ainda está no século 19 com seu conceito mofado de querer tratar o trabalhador no cabresto. Uma lástima. 

Já estamos em contato com a empresa para verificar a questão dos uniformes e exigir que a empresa assuma sua responsabilidade e ache uma solução visando prevenir e preservar a saúde do trabalhador. A lavação dos uniformes pela empresa é uma conquista alcançada pelo SAEMAC em 2011. O que a diretoria quer fazer agora é um retrocesso, ainda mais durante a pandemia. Não vamos aceitar mais esse descaso. Enquanto a empresa não dá uma solução para o caso, orientamos os trabalhadores a não levarem o uniforme para casa, preservando a sua saúde e da família. Caso  o trabalhador fique sem o uniforme para poder desempenhar as função, o SAEMAC estará tomando as medidas cabíveis para denunciar a situação junta as instâncias competentes. Além disso, em caso de contaminação, é de suma importância que o trabalhador abra a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para que sejam responsabilizados os idealizadores dessa ingerência. RETROCESSO NÃO.


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