Começou a valer no dia 1º de janeiro o novo salário mínimo
nacional, que agora é de R$ 1.039. O valor representa um aumento de 4,10% em
comparação com os R$ 998 vigentes em 2019, e serve de referência para 49
milhões de pessoas, segundo informações do Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo o Ministério da Economia, o valor do salário mínimo
definido para 2020 foi corrigido apenas pela inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e não contempla ganho real.
Como só será possível saber no início deste ano a variação
do INPC de 2019, o governo usou uma previsão para propor o aumento – considera
os valores apurados para os meses de janeiro a novembro e, para o mês de
dezembro, a mediana das projeções de mercado levantadas pelo último Boletim
Focus do Banco Central.
Com isso, a área econômica indicou que desistiu, em um
primeiro momento, da política de aumentos reais (acima da inflação) que vinha
sendo adotada nos últimos anos, proposta pela ex-presidente Dilma Rousseff e
aprovada pelo Congresso.
Dieese
Em nota técnica divulgada em dezembro, o Dieese avaliou que
a "interrupção do processo de resgate do valor histórico" da
remuneração mínima do trabalhador brasileiro "deixa pelo caminho uma
esperança de melhor condição de vida para milhões de pessoas e uma visão de
civilização, onde as diferenças se estreitariam em benefício de todos".
"O primeiro ponto positivo da experiência de
recuperação do valor do Salário Mínimo foi o aumento do poder de compra de quem
recebe exatamente esse valor, seja no mercado de trabalho ou na Seguridade Social,
com a consequente expansão do mercado consumidor interno. A política
desempenhou, ainda, um papel decisivo na melhoria da distribuição da
renda", acrescentou.
De acordo com o órgão, para suprir as despesas de uma
família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário,
higiene, transporte, lazer e previdência, seria necessário R$ 4.021,39 ao mês
em novembro do ano passado (último valor divulgado).
Com informações do G1.