A Reforma Trabalhista completou dois nesta segunda-feira
(11). Apesar do anunciado pelo governo, as mudanças não tiveram nenhum impacto
na geração de empregos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do trimestre encerrado em setembro
deste ano foi de 11,8%, irrisório 0,2% a menos que a registrada em setembro de
2017 (12%), quando passou a vigorar a nova lei.
O número de desempregados nos dois períodos também teve
variação praticamente nula. Em novembro de 2017 era de 12,6 milhões de pessoas
sem emprego, ao passo que em setembro deste ano, 12,5 milhões de brasileiros
procuravam trabalho.
O levantamento do IBGE mostra ainda que o aumento da
população ocupada é puxado pelos trabalhadores informais, com empregos
precários e sem registro em carteira: em setembro, havia 38,8 milhões de
informais, equivalente a 41% do total de ocupados (93,8 milhões).
Entidades Sindicais e
diversos outros setores da sociedade civil organizada se mobilizaram para
tentar frear as mudanças quando elas foram propostas, em 2017, justamente
porque anteviam a pouco eficácia do projeto pois além de colocar os
trabalhadores em situação de vulnerabilidade, não teriam o efeito desejado.
Dois anos depois, estes dados se confirmam.
Fonte: UGT