Em meio às discussões e debates no entorno da Reforma da Previdência,
o Governo já está tramando uma nova Reforma Trabalhista em que dois pontos já
chamam a atenção: as barreiras que serão criadas para impedir o acesso dos
trabalhadores a justiça do trabalho e o enfraquecimento das Entidades
Sindicais.
Segundo o secretário Rogério Marinho, em matéria publicada
pelo portal Terra, a ideia é simplificar permitindo que boa parte das questões,
hoje discutidas na esfera judicial, sejam resolvidas sem a intervenção do
Estado ou da Justiça, ou seja, na prática, visa beneficiar os empregadores em
detrimento dos trabalhadores, já que estes, até por desconhecimento jurídico,
dificilmente vão conseguir se colocar em pé de igualdade na busca de seus
direitos e certamente serão lesados sem obter êxito em suas solicitações.
E os ataques não param por ai. Como as ações coletivas tem
sido um trunfo importante para que os trabalhadores possam ter seus direitos
assegurados cogita-se acabar com a unicidade sindical, ou seja, acabar com sua
principal arma dos Sindicatos que é a coletividade.
De acordo com a reportagem não importa o método, se com
medidas infralegais, com projeto de lei ou proposta de emenda à constituição, o
objetivo, segundo Rogério, é aproveitar “um parlamento reformista e propício às
mudanças”, não por acaso formado por parlamentares detentores de altos
salários, cheios de mordomias e que não estão nenhum pouco preocupados com o
bem estar da classe trabalhadora.
Marinho afirmou ainda, que a proposta deve ser conduzida
pelo Gaet (Grupo de Altos Estudos do Trabalho) formado por especialistas nas
áreas trabalhistas e previdenciária e que deve contar com a participação de
entidades sindicais para que haja um amplo debate sobre o tema. Será mesmo?
Muito se falou nesta abertura para o diálogo durante as discussões da Reforma Trabalhista
em 2017, mas nada foi feito. Direitos conquistados a duras penas foram
retirados sem que a opinião dos principais interessados fosse levada em
consideração. O resultado é o aumento de desemprego, informalidade e
consequentemente da pobreza em nosso páis, pontos que devem ser acentuados com
esta nova Reforma.
É nobres trabalhadores, ao que tudo indica teremos uma nova
batalha vindo pela frente e mais uma vez devemos unir forças ou seremos
amplamente prejudicados num futuro muito próximo.