O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro(PSL/RJ) conseguiu nesta quinta-feira(4) que os membros da Comissão que analisam a reforma da Previdência, aprovassem o relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP), da Proposta de Emenda a Constituição (PEC 006/2019). Por 36 votos a 13, os deputados concordaram com medidas, por exemplo, que acabam com a aposentadoria por tempo de contribuição e institui a idade mínima de 62 anos (mulheres), com 15 anos de contribuição e 65 (homens), com 20 anos de contribuição. Para se aposentar com benefício integral será necessário contribuir por 40 anos.
Ainda serão votados os destaques da PEC. São 109 , sendo 85 individuais e 24 de bancadas. Depois disso, a fase seguinte é o plenário da Casa, em dois turnos. Serão necessários 308 votos para a sua aprovação. A bancada governista tenta viabilizar a votação ainda em julho, antes do dia 18, início do recesso legislativo. Passando, a PEC vai para o Senado, com votação também em dois turnos
Veja quanto os trabalhadores vão pagar pela “economia “ do governo
A reforma da Previdência deve
gerar uma economia de R$ 1,071 trilhão em dez anos. Desse total, R$ 688,1
bilhões se referem ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ou seja,
trabalhadores da iniciativa privada. Dos R$ 688,1 bilhões, R$ 406,1 bilhões se
referem ao endurecimento das regras de aposentadoria por tempo de contribuição.
A estimativa de economia com o
regime de servidores públicos é de R$ 136,1 bilhão. Já as mudanças na pensão
por morte têm o segundo maior peso dentro do RGPS. É esperada uma economia de
R$ 130,9 bilhões em dez anos, do dinheiro de viúvas e órfãos.
Na pressão
A aprovação da reforma da
Previdência vai impor aos trabalhadores uma idade mínima de aposentadoria de 65
anos para homens e 62 para mulheres, acabando com o benefício por tempo de
contribuição. Reduz, no mínimo em 28% o valor para quem tem 20 anos de
contribuição, no caso dos homens. E quem quiser se aposentar com benefício
integral vai ter de trabalhar por 40 anos, entre outras maldades aos
trabalhadores e trabalhadoras.
Faça pressão junto aos
parlamentares para que a reforma não seja aprovada. Reaja Agora!. Veja como,
clicando aqui.
Veja no vídeo do Brasil de Fato,
os deputados da Comissão que votaram a favor da reforma da Previdência e contra
a classe trabalhadora.
Fonte: CUT