No final de 2015 a Sanepar colocou no mercado
R$ 100 milhões em debêntures. No início de 2016, colocou mais R$ 300 milhões.
Houve conversa da diretoria de que se esperava entrar dinheiro de debêntures
para pagar o PPR.
Debêntures são títulos de crédito de médio e
longo prazo que companhias de capital aberto colocam a venda para captar
recursos. Esses títulos dão direitos de crédito ao debenturista que os adquire.
O montante
da emissão, quantidade de títulos, vencimento, condições de amortização e
remuneração, juros, prêmio, etc. estão previstos em escrituras de emissão.
Mas
a curiosidade aqui não é em saber o que são as debêntures. A curiosidade é
saber o que acontece que faz a Sanepar, com uma arrecadação contínua, depender
de debêntures para cumprir compromissos básicos? Que poço sem fundo é esse? Onde
vai tanto dinheiro?
Esse
exemplo de gestão, aliás, vem de cima. O governo de Beto Richa, que já colocou a
mão no caixa de previdência dos professores, agora quer vender ações e bens da
Sanepar e da Copel para fazer mais caixa. Vamos repetir as perguntas: Que poço
sem fundo é esse? Onde vai tanto dinheiro?
Para
o trabalhador da Sanepar, a direção da empresa oferece a conversa de que não
tem poderes para gastar com salários. Dizem que esses poderes foram tirados
pelo Comitê de Controle das Empresas Estatais – CCEE, imposto por Beto Richa. E
dá-lhe arrocho salarial.
Já
o governador quer arrecadar e arrecadar, enquanto descumpre compromissos com professores,
servidores e saneparianos.
Que
poço sem fundo é esse? Onde vai tanto dinheiro? O assunto merece
informações e transparência. O sanepariano e a opinião pública paranaense
cobram isso.