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Menos trabalhadores receberão 13º salário

O pagamento do 13º salário deve injetar na economia brasileira cerca de R$ 173 bilhões até dezembro, segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor, que representa 2,9% do PIB, é 9,9% superior ao estimado no ano passado.

Apesar disso,  o número de trabalhadores que irão receber o benefício é 0,3% inferior ao de 2014, devido à redução no estoque de vagas formais. Segundo o Dieese, 84,4 milhões de brasileiros devem receber o 13º salário este ano, o que irá significar uma renda extra de R$ 1.924.

O número de trabalhadores com carteira nos setores público e privado que receberão o 13º recuou 1,9% em relação ao ano passado. Foi a primeira queda em oito anos. Em 2015, serão 48,91 milhões os assalariados que vão contar com o benefício.

Por outro lado, estima- se que 900 mil pessoas passarão a receber o 13º, por terem requerido aposentadoria ou pensão pelo INSS. Cerca de 33,6 milhões de aposentados e pensionistas devem receber o 13º neste ano.

No cálculo, o Dieese considera os trabalhadores do mercado formal. Não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira assinada ou trabalhadores com outros contratos que recebem algum tipo de abono no fim do ano. Segundo a pesquisa, 51,3% dos R$ 173 bilhões ficarão nos Estados do Sudeste, região com maior número de trabalhadores, aposentados e pensionistas.

O maior valor médio do 13º será pago no Distrito Federal (R$ 3.590) e o menor no Maranhão e Piauí (média de R$ 1,3 mil). A lei prevê que o 13º salário seja pago em até duas parcelas. A primeira cai até o dia 30 deste mês e a segunda, até o dia 20 de dezembro.

Dívidas 

A maioria dos brasileiros (74%) pretende usar o 13º salário para pagar dívidas, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade) com 1.037 entrevistados.

O percentual cresceu 8,2% na comparação com 2014, quando 68% indicaram o pagamento de dívidas como destino para o dinheiro extra.

Especialistas orientam que o 13º seja usado preferencialmente para pagamento de dívidas, especialmente as mais caras, como cartão de crédito rotativo e cheque especial. Na média, os juros nas modalidades atingem 13,59% ao mês (361,40% ao ano) e 10,24% ao mês (222,16% ao ano), respectivamente.

Fonte: Band.

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