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Caminhoneiros mantêm paralisação no Oeste e Sudoeste do Paraná

Há uma semana, caminhoneiros protestam na tentativa de reverter uma política que gradualmente torna mais difícil seguir na profissão. Eles estão concentrados na região que faz divisa entre o Oeste e o Sudoeste, na ponte sobre o rio Iguaçu, em Marmelândia, distrito de Realeza. A decisão de interromper o tráfego, que é periodicamente liberado, ocorreu depois que a União, sob a alegação de equilíbrio fiscal, determinar reajuste dos combustíveis e retorno da Cide, a Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico.

O coordenador do Sindicato dos Caminhoneiros de Francisco Beltrão, Idair Parizotto, informa que os profissionais do volante têm inúmeros motivos para reclamar. “A profissão tem sofrido há anos um intenso processo de enfraquecimento. Mesmo com manifestações, o governo insiste em avançar minimamente, o que deixa os caminhoneiros praticamente em situação de abandono”. A redução dos ganhos dos profissionais está no topo da lista de reivindicações.

O caminhão é caro, o financiamento tem taxas acima do que deveria e a remuneração é cada vez menor. Há ainda o constante risco de trafegar por rodovias mal sinalizadas, esburacadas e ainda pagar pedágios absurdos, dizia ontem um dos manifestantes, que prefere ter sua identidade preservada. Outro problema que agrava o quadro são os longo períodos de tempo distante da família. Além do Oeste, há protestos de caminhoneiros em em Barracão, Pranchita e Marmeleiro, São Miguel do Oeste e Xanxerê.

Km rodado

Uma das principais pautas dos caminhoneiros é a mudança na forma de contratação do frete. Em vez de tonelada ou carga, a finalidade é definir tabelas por quilômetro rodado. O presidente do Sindicam, Jeová Pereira, entende que essa alteração é imprescindível para que muitos caminhoneiros sigam na atividade. “Sem isso, a profissão afasta e vez de atrair e, a exemplo de outras, correrá sérios riscos no futuro”, afirma ele.

Fonte: O Paraná.

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