Professores da rede municipal de ensino de Curitiba se reuniram no final da manhã desta segunda-feira na Praça Nossa Senhora da Salete, ao lado da Prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico. Pela manhã, os manifestantes se reuniram na Praça Eufrásio Corrêa, no Centro. Depois de participarem de uma parte da sessão na Câmara Municipal, os professores seguiram em direção à Praça Nossa Senhora da Salete, onde chegaram por volta das 11h50. Os manifestantes passaram pelas ruas Marechal Floriano Peixoto e Marechal Deodoro, pela Praça Tiradentes e seguiram pela Avenida Cândido de Abreu.
A categoria, que conta com cerca de seis mil trabalhadores, entrou em greve a partir de hoje por tempo indeterminado, de acordo com o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac).
Segundo levantamento preliminar realizado pelo sindicato, 90% das escolas municipais devem fechar as portas durante a paralisação. “A gente tem como expectativa repetir a adesão de 17 de março, quando mais de 90% das escolas ficaram paralisadas”, afirma um dos diretores do Sismmac, Wagner Argenton.
De acordo com a Prefeitura de Curitiba, 50% das escolas municipais funcionam normalmente na manhã desta segunda-feira (11). Segundo os dados da Prefeitura, 45% dos profissionais aderiram à greve e 37% dos estudantes estão sem atendimento nesta manhã.
Uma reunião com representantes da categoria foi marcada para às 14 horas na Prefeitura de Curitiba para discutir as reivindicações dos professores municipais.
A principal reivindicação da categoria é a redução do prazo para implementação do plano de carreira. Os professores querem que ele seja aplicado ainda este ano, enquanto a Prefeitura de Curitiba determinou um prazo de 24 meses para implementação. “A prefeitura insiste em dizer que é 24 meses, mas ao descrever as etapas dá 27 no total”, critica Argenton. “Isso cai para um futuro mandato e a categoria está bastante insatisfeita”, finaliza o diretor.
Pela manhã, os diretores do Sismmac foram recebidos na Câmara de Vereadores para falar sobre as reivindicações da categoria. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato, a fala em plenário durou cerca de 30 minutos e os vereadores afirmaram estarem abertos às reivindicações dos professores.
Durante a tarde, os professores em greve se reúnem novamente, dessa vez na Praça Nossa Senhora da Salete, ao lado da Prefeitura de Curitiba, no Centro Cívico.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com algumas escolas da rede municipal de ensino. As Escolas Municipais Cerro Azul, no Tingui, Itacelina Bittencourt, no Água Verde, São Luiz, no Batel, Colombo, no Pinheirinho, Caramuru, no Cabral, e Dona Pompília, no Tatuquara, informaram que as aulas estão ocorrendo normalmente, com todos os professores em sala. Na Escola Municipal Wenceslau Braz, no Boqueirão, as aulas ocorrem normalmente pela manhã, mas durante a tarde apenas cinco professores estarão na instituição para atender aos alunos. A Escola Municipal Arapongas, no Novo Mundo, conta com alguns professores no local e poucos alunos, que devem fazer apenas atividades nesta segunda-feira, sem aplicação de conteúdo. Na Escola Municipal Ditman Brepohl, na CIC, há poucos professores disponíveis, mas os pais não mandaram as crianças para a aula nesta segunda-feira (11). Já as Escolas Municipais Moradias Ribeirão, na CIC, Paranaguá, em Santo Inácio, Alberto Schweitzer, na CIC, e Anísio Teixeira, no Atuba, estão fechadas e não devem atender nenhum aluno.
Fonte: Gazeta do Povo.