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Servidores municipais de São Paulo aprovam greve

Os servidores municipais de São Paulo aprovaram terça-feira (27), em assembleia, paralisação geral a partir da zero hora de ontem (28), com o objetivo de reivindicar reposição da inflação mais ganho real de 11,43%, mudanças na lei salarial da cidade e melhores condições de trabalho para os 136 mil funcionários. Cerca de 300 pessoas participaram da votação conduzida pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep) em frente à prefeitura, na região central da cidade.

Os trabalhadores começaram a se mobilizar no local por volta das 14h. Uma hora depois, uma comissão de servidores das sete categorias que têm pautas específicas foi recebida pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

Funcionários das secretarias de Assistência Social, Cultura, Verde e Meio Ambiente e Saúde, além dos trabalhadores do Controle de Zoonoses, do Serviço Funerário, do Hospital do Servidor Público Municipal e da Autarquia Hospitalar Municipal têm demandas próprias, que incluem a criação de novos cargos, fim da terceirização e criação de programas de modernização dos serviços.

Os profissionais de nível básico e médio também reivindicam padrão salarial mínimo de R$ 820 e a incorporação de gratificações ao salário.

Além das questões financeiras, a pauta dos servidores inclui o aumento do número de funcionários concursados nos diversos departamentos da prefeitura, redução do número de serviços geridos por organizações sociais e a criação de um programa municipal de combate ao assédio moral.

Após a reunião, no entanto, os trabalhadores consideraram que as respostas da administração municipal não avançaram em relação à última reunião, que ocorreu na quarta-feira passada (14). "A novidade foi apenas para os agentes de zoonoses, que têm a possibilidade de voltar a ser trabalhadores da Saúde, mas sem prazos”, afirmou o presidente do sindicato, Sérgio Antiqueira.

"O prefeito se comprometeu apenas a discutir a revisão da lei salarial, mas precisamos de algo mais concreto. O Kassab (Gilberto, ex-prefeito de São Paulo pelo PSD, 2006-2012) usou a legislação para ampliar a terceirização e rebaixar os salários. O Haddad precisa quebrar esse ciclo", disse. A prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre a reunião nem sobre o início da greve.

Em entrevista exclusiva à RBA, ontem, Haddad afirmou que a prefeitura está apresentando propostas para as categorias de nível mais baixo. "Até o nível médio, o reajuste chegou a 80%. Estávamos com uma defasagem de salário absurda, tinha muita gente na prefeitura ganhando menos de um salário mínimo, e todo esse contingente foi atendido com um generoso e justo reajuste, e quero dizer claramente: justo aumento da sua remuneração."

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