Na Sanepar quase tudo é assim: demora para começar e, depois que começa, nem sempre é do jeito certo. Exemplo perfeito disso é a avaliação do 'desempenho' dos saneparianos em 2013 para progressão no Plano de Gestão por Competência. Depois de enrolar por um bom tempo os trabalhadores, agora que as avaliações começaram, as reclamações são muitas!
O descontentamento é geral! A modalidade de avaliação promovida pelos gerentes e coordenadores da Sanepar em nada somou, apenas dividiu os trabalhadores. Em algumas localidades até foi feita corretamente, com os avaliadores sentando e discutindo com os trabalhadores a nota que eles mereciam. Nesse caso, alguns ganharam 8, 8.5, 9 ou até mesmo 10!
Em contrapartida, muitos receberam no “máximo” a nota 8. Como já havíamos alertado aqui, alguns avaliadores estavam dizendo por aí que a nota máxima ‘permitida’ seria 8, o que não é verdade nem aqui e nem na China! O que acontece é que os avaliadores não tem argumentação para justificar valores acima disso e, por isso, fica mais cômodo dar a nota que não precisa ser justificada. Sacanagem, né?
Por outro lado, não culpamos os avaliadores, já que eles não foram preparados pela empresa para fazer essa avaliação com a devida competência. Ou é isso, ou uma massa de trabalhadores não tem feito a sua parte para garantir os bons resultados da Sanepar... Acho que nem precisamos dizer que a segunda hipótese não faz o menor sentido, né? Basta dar uma olhadinha nos números divulgados no último balanço da empresa.
A avaliação não pode ser limitada ao teto de 8. Aliás, aqui vale o ditado que diz que ‘todos são inocentes, até que se prove o contrário’. Ou seja, todos os saneparianos merecem 10, até que os gerentes e coordenadores provem o contrário. Não é o trabalhador que tem que justificar o seu 10, é o seu avaliador que tem que justificar porque ele não merece o 10.
Para a maioria dos trabalhadores, o envolvimento com a empresa é muito maior do que o envolvimento com a própria família. Isso, por si só, já é argumento suficiente para uma boa nota.