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Trabalhadores da construção civil iniciam campanha salarial em São Paulo

Quase 700 mil trabalhadores da construção civil em São Paulo, com data-base em 1º de maio, iniciam nos próximos dias as negociações pela campanha salarial. Na capital paulista, que concentra aproximadamente 370 mil empregados no setor, as reivindicações incluem aumento real (acima da inflação) de 5%, reajuste nos pisos, redução de jornada para 40 horas e participação nos lucros ou resultados (PLR). Eles também pedem vale-refeição de R$ 30 e vale-supermercado no valor de R$ 350.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP, filiado à Força Sindical), Antonio de Sousa Ramalho, aproximadamente 85% da categoria é terceirizada para a realização de serviços especializados, como hidráulica, elétrica, pintura, gesso ou montagem.

- Não podemos ser contra as empresas terceirizadas, porque muitas são para mão de obra específica. O que não podemos aceitar é a quarteirização (quando a terceirizada contrata outra empresa para realizar a tarefa), porque isso precariza o trabalho. Mas queremos que a contratante garanta todos os benefícios que a construtora oferece para os seus funcionários e que fique proibida de subcontratar – diz Ramalho. Na pauta da entidade, também estão vagas para portadores com deficiência e comissão de trabalhadores e representantes do sindicato nos canteiros de obras com mais de 30 trabalhadores.

Outros 300 mil trabalhadores, entre região metropolitana e interior, são representados pela Federação Solidária dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção, da Madeira e Afins do Estado (FSCM), filiada à CUT, que reúne 13 sindicatos. Esses trabalhadores realizam assembleias na próxima-sexta para aprovar a pauta, que inclui vale-alimentação de R$ 300, fornecimento de almoço no local de trabalho, além de 5% de aumento real e reajuste nos pisos.

Atualmente, o piso do ajudante é de R$ 1.077, do profissional da construção (entre eles o pedreiro) R$ 1.298 e do profissional da montagem R$ 1.555.

Há ainda a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (Feticom-SP), que ainda está discutindo com os sindicatos filiados a pauta de reivindicações com valorização nos pisos, PLR e melhores condições de trabalho.


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