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BRF deverá pagar mais de R$ 30 milhões em horas extras

A BRF, fusão da Sadia com a Perdigão, deverá pagar mais de R$ 30 milhões a oito mil funcionários. A condenação se refere a horas extras utilizadas no tempo de troca de uniforme para atividades no setor de aves, suínos e industrializados. Segundo a decisão, a empresa deverá pagar 18 minutos diários para quem trabalha no abatedouro de aves e 20 minutos por dia para o setor de frigorífico de suínos e industrializados. O tempo que os funcionários usavam para trocar de uniforme não era computado como jornada de trabalho, embora o uso da roupa adequada constitui norma sanitária obrigatória.

A sentença foi dada pela 4ª Vara do Trabalho de Uberlândia (MG) em julgamento de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG) e é favorável a todos os empregados dos últimos cinco anos.

Além disso, a BRF de Uberlândia afasta mil empregados por problemas de saúde, como distúrbios osteomusculares e doenças relacionadas aos movimentos repetitivos realizados no frigorífico. Calcula-se que aproximadamente 20% dos funcionários têm alguma doença adquirida por causa da precariedade das condições de trabalho nesse setor.

A ação civil pública foi movida pelas procuradoras do Trabalho Karol Teixeira de Oliveira e Tatiana Lima Campelo.

Segundo comunicado enviado à imprensa, a BRF esclarece que recorrerá ao Tribunal Superior do Trabalho, mas "a empresa reitera que respeita e sempre respeitará os direitos de seus trabalhadores, reforçando sua atuação em princípios e valores éticos, praticando em suas unidades o que determina a lei e conforme os acordos firmados com o sindicato que representa os interesses dos seus funcionários".

Fonte: Extra.

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