Em reunião com representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP), na tarde de segunda-feira (7), a Petrobras apresentou proposta de reajuste salarial de 7,68%, ante uma inflação (IPCA) de 6,09% no período. Aplicado à tabela que rege o plano de cargos e salários da empresa, e considerando adicionais específicos para grupos de funcionários, o índice significa aumentos reais entre 1,17% e 1,5%, segundo a FUP.
A Petrobras também propõe um abono equivalente a um salário-base ou parcela fixa de R$ 4.000,00 – o que for maior. Para o pagamento da participação nos lucros ou resultados (PLR), que ocorre anualmente em janeiro, a Petrobras apresenta proposta que varia de 4% a 5,25% em relação às metas pactuadas.
Os trabalhadores representados pela FUP (15 sindicatos, sendo dois da área química) reúnem-se hoje (9), às 14h, em Brasília, para avaliar a proposta antes de levá-la a votação em assembleias da categoria. Segundo informações do Sindicato dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro), os trabalhadores também discutirão indicativo de greve a partir do dia 17, por tempo indeterminado.
Segundo a assessoria de imprensa da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), a entidade, que reúne cinco sindicatos da categoria, vai indicar aos trabalhadores a rejeição da proposta. Representantes da FNP reúnem-se hoje para definir um calendário de mobilização e indicativo de greve.
Libra e terceirização
Representantes da FUP e de movimentos sociais estão acampados em frente à Esplanada dos Ministérios, desde a semana passada, em protesto contra o leilão do Campo de Libra, o primeiro do pré-sal, marcado para o dia 21.
Eles fazem hojeum ato no local pela suspensão do leilão e contra o Projeto de Lei 4.330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-BA), sobre terceirização.
A categoria tem data-base em 1º de setembro e entregou a pauta em 6 de agosto. Os trabalhadores reivindicam aumento real de 5%, além de melhorias em saúde e segurança e combate à terceirização.
Fonte: Rede Brasil Atual.
