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Motoristas não aceitam proposta das empresas e devem entrar em greve

Em reunião realizada na manhã de domingo (27) na sede do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário (SINTRAR), os trabalhadores que transportam os operários da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio rejeitaram a proposta patronal de 6% de reajuste nos salários e no ticket prêmio assiduidade; bem como a proposta de 13%  sugerida pela mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na última quarta-feira (23). A categoria não abre mão da última proposta apresentada pelo sindicato, que é de 15% sobre o piso e ticket prêmio de R$ 480,00. Os trabalhadores estão conscientes dos riscos de uma greve, inclusive da possibilidade de  receber até menos do que o sugerido pela mediação da SRTE.
 
Os motoristas de ônibus só não iniciaram a greve de imediato por que o sindicato orientou que antes é necessário cumprir todas as formalidades legais, como a realização de uma última mediação na STRE, comunicação antecipada da greve e esperar o Database que é 1º de novembro, informou Da Silva, presidente do SINTTRAR. Nesta terça-feira (30) haverá uma mediação na Superintendência Regional do Trabalho Emprego, para uma última tentativa de entendimento com as empresas. Depois disso, caso não haja acordo, o SINTTRAR convocará uma assembleia geral no próximo domingo (03/11) para deliberação final da decretação oficial de greve por tempo indeterminado, a partir da próxima semana.

O principal impasse é que os motoristas não aceitam um piso salarial menor do que os praticados na própria Usina, para funções equivalentes, que corresponde a R$ 1.392,63, sendo que o piso atual da categoria é de R$ 1.232,00; também, não concordam em receber o valor de ticket prêmio assiduidade menor do que R$ 480,00. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Itamar Ferreira, "é necessário a intervenção do Consórcio Santo Antônio, já que as empresas de ônibus alegam que sem uma revisão de contratos fica impossível oferecer uma proposta acima de 6%". O sindicalista lembra que na Usina de Jirau, no mês de julho último, a situação era semelhante, mas foi possível construir conjuntamente um acordo diferenciado.

Na reunião de mediação realizada na última quarta-feira (23), com a participação de todas as empresas que atendem Santo Antônio: Ideal, Rondonorte, Rhyno, Voa Brasil, J & M e Lehia, o SINTTRAR, após consulta aos motoristas que estavam presentes em grande número, havia apresentado uma contraproposta reduzindo a reivindicação inicial de 16% para 15% e o ticket prêmio assiduidade de R$ 500,00 para R$ 480,00, que foi recusada pelas empresas de ônibus, que mantiveram proposta de apenas 6% sobre o piso salarial e o ticket prêmio assiduidade e mais nada. 

Para Da Silva, "a intransigência das empresas em manter as diferenças de piso com outros trabalhadores dentro da usina em relação ao que é pago para a categoria, empurrará inevitavelmente os trabalhadores para a greve".

Fonte: CUT.

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