Os trabalhadores dos Correios decidiram ontem entrar novamente em
"estado greve" porque a empresa estaria retaliando aqueles que
participaram do movimento que durou 22 dias e foi encerrado em 10 de
outubro. Por enquanto, as correspondências continuam sendo entregues
normalmente. Segundo o secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato
dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Wilson
Dombrovski, no dia 28 de outubro será realizada uma assembleia de
avaliação que pode decidir por uma nova greve. Ele disse que a empresa
tem remanejado funcionários para trabalharem em locais distantes. E que
essa medida vem sendo avisada em cima da hora.
Por meio da assessoria, os Correios alegam que foi programado o
remanejamento temporário de empregados para unidades com maior volume de
objetos postais em atraso. O objetivo seria normalizar a entrega de
cartas e encomendas até o final desta semana. A empresa informou também
que é prática comum o deslocamento de empregados para apoio operacional
sempre que há aumento pontual de entregas em determinadas unidades.
Quando a greve terminou, de acordo com a assessoria, havia 1 milhão de
objetos acumulados para serem entregues no Paraná. Na última
segunda-feira, este número já teria caído para 600 mil.
Os trabalhadores conseguiram 8% de reajuste nos salários e 6,27%
de aumento no vale-alimentação e demais benefícios, além da manutenção
do plano de saúde, em julgamento do dissídio pelo Tribunal Superior do
Trabalho (TST). A reivindicação inicial dos trabalhadores era 10% de
reajuste nos salários, mais R$ 100 de aumento linear e 10% de reajuste
nos benefícios.
Fonte: Folha Web.