O último painel “Cobertura e Qualidade dos Serviços de Saneamento Básico”, no 3º Encontro de Saneamento Básico – Recuperar o Tempo Perdido, realizado nesta terça-feira (08/10), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), contou com a participação de três especialistas para discutir a atual situação do setor.
Matthias Krause, especialista em saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), falou sobre o AquaRating, um sistema universal de qualificação da água, desenvolvido pelo próprio BID e pela Associação Internacional de Água.
Matthias Krause, especialista em saneamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), falou sobre o AquaRating, um sistema universal de qualificação da água, desenvolvido pelo próprio BID e pela Associação Internacional de Água.
Segundo Krause, o método oferece uma qualificação entre 0 e 100 pontos que leva em conta oito aspectos para avaliação e será implementado a partir do segundo semestre de 2014.
“O AquaRating avalia os resultados do desempenho e as práticas de gestão para melhorar o fornecimento. Além disso, designa esforços técnicos conforme as necessidades da empresa e permite monitorar o progresso no desempenho”, explicou.
Além disso, segundo o palestrante, o método “estabelece uma referência global, identifica áreas de melhoramento, estimula a aprendizagem e é baseado em informações confiáveis, verificada por auditores, resultando em um documento útil para prestadores, proprietários, reguladores e governos”.
Zélia Bianchini, diretora adjunta de pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fez, na sequência, uma breve exposição sobre o censo demográfico do saneamento básico. De acordo com a diretora, o percentual de domicílios que recebem abastecimento de água está concentrado na região sudeste. “174 municípios no Brasil têm menos de 45% dos domicílios com abastecimento de água”, disse. “Outros 2.469 municípios têm até 15% dos domicílios com esgotamento sanitário”, explicou. “Isso mostra a desigualdade espalhada em nosso território”, completou.
Dante Ragazzi Pauli, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), fechou o evento. “A situação é critica e precisamos, ao lado dos parceiros, encontrar saídas para nosso setor. Não podemos defender apenas um modelo de saneamento. Temos capacidade de fazer o setor andar”, encerrou.
Fonte: Fiesp.