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GOVERNO TEMER LEGALIZA CHANTAGEM PATRONAL SOBRE O TRABALHADOR

No apagar das luzes de 2016, propositalmente quando trabalhadores e cidadãos em geral se preparam para as festas de final de ano e o período que concentra férias, o governo Michel Temer anuncia a chamada “mini-reforma” trabalhista, a ser feita através de Medida provisória, que entra em vigor imediatamente depois de publicada pelo governo. O governo deve assinar nessa quinta, 22/12, o texto da Medida Provisória.

A “mini-reforma” de mini não tem nada, porque contém tudo o que convém ao empresariado. A principal mudança prevista é acabar com uma proteção fundamental do direito trabalhista, onde se garante que as negociações entre patrões e empregados só se realizem para ampliar salários, direitos e benefícios, nunca para diminuí-los. Isso se chama “primado do negociado sobre o legislado”.

Segundo noticiado pelo jornal Valor Econômico, que teve acesso ao texto da medida Provisória, alterações na jornada de trabalho, recebimento parcelado de férias poderão ser negociados. Os contratos temporários poderão ser de até oito meses e não mais de três meses, como atualmente.

Com essas medidas, os empresários estarão livres para colocar os trabalhadores sob pressão, principalmente ameaçando com demissões coletivas, caso os trabalhadores não aceitem reduzir direitos.

O movimento sindical entende que editar essas mudanças através de Medida Provisória, usando um instrumento que permite vigência imediata, sem passar pelo Congresso Nacional, é uma forma autoritária de tratar o assunto. As medidas provisórias só deveriam ser usadas em casos de urgência.

O governo anunciou, junto com o anúncio da reforma trabalhista, que vai permitir aos trabalhadores com contas de FGTS até 31 de dezembro de 2015 possam sacar seus fundos de garantia. É uma forma de deixar os trabalhadores alegres com essa possibilidade imediata, enquanto um golpe agudo abre as portas para que percam muitos direitos mais adiante.


Os empresários estão felizes com os presentes que estão ganhando do Papai Noel Temer neste fim de ano.

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