Olá Saneparianos
(as):
Na diretoria do
Saemac temos pessoas de diferentes opiniões e posições, assim como entre nós,
trabalhadores e trabalhadoras da Sanepar. É bom que seja assim. É sadio que
sempre saibamos debater opiniões diferentes sem ofensas, ouvindo atentamente e
com respeito uns aos outros.
Temos também que
saber entender quando há momentos que pedem uma posição conjunta de nossa parte
como trabalhadores que somos, em defesa de nosso futuro e de nossa cidadania.
Estamos vivendo agora um desses momentos em que se concentram medidas contra
a condição de vida dos assalariados brasileiros.
Há um conjunto dessas medidas sendo propostas pelo governo Michel Temer que somam perspectivas de
quebra de direitos e precarização das condições de trabalho e de vida:
- A PEC 55, a
pretexto de controlar gastos públicos, prevê congelar por 20 anos os orçamentos
da educação, da saúde e de outras políticas sociais, bem como brecar a
valorização do salário mínimo, enquanto as previsões são de crescimento
populacional e envelhecimento, fatores que multiplicam as demandas sociais;
- A Reforma da
Previdência prevê aposentadoria por 100% do benefício só para quem tenha 65
anos de vida e 49 anos de contribuição. As medidas da reforma claramente
prejudicarão aos trabalhadores, especialmente os de menor renda e que se veem forçados
a informalidade;
- A perspectiva de
terceirizações ilimitadas ameaça precarizar empregos e substituir empregos mais
sólidos, onde os trabalhadores conseguiram conquistar maiores benefícios
empregatícios, por outros mais baratos e desorganizados sindicalmente,
portanto, desprotegidos;
- Para 2017 está
prevista, ainda, uma reforma trabalhista que pretende instituir o chamado “primado
do negociado sobre o legislado”, onde os patrões poderão pressionar por acordos
que diminuam direitos assegurados em lei, como os relacionados a horas extras,
férias e 13º salário, inclusive diminuição de níveis salariais.
É uma soma de medidas
que joga nas costas dos assalariados a crise fiscal do estado. Também está
sendo feita para atender os interesses empresariais por aumento da capacidade
de concorrência.
Não estão repartindo
a crise. Não estão taxando as grandes fortunas. Não estão abrindo mão de aumentos
descabidos nos próprios salários. Não estão indo atrás dos sonegadores de
impostos em geral. Não estão dialogando com os trabalhadores, mas com os
financistas e empresários.
Nós do Saemac
queremos tanto que a corrupção seja apurada e combatida quanto somos contra que
joguem nas costas dos trabalhadores os custos da atual crise, aproveitando um
governo que não foi eleito para implantá-las goela baixo, numa verdadeira
avalanche.
Vamos estar
informando do andamento dessas medidas, com base em fatos e avaliações
balizadas. Queremos chamar todos os saneparianos e Saneparianas a lutar contra
isso, porque não podemos ficar de braços cruzados quando os interesses
mesquinhos se juntam contra nós, trabalhadores.
Com nossos
cumprimentos a todos,
Diretoria do Saemac