Julho começou cheio de
viagens, inaugurações e homenagens, deslocando para lá e cá os diretores, o
presidente da Sanepar e o governador Beto Richa.
No dia 01, em Londrina,
houve homenagem da Sociedade Rural do Paraná à Sanepar e ao governador, entre outras
empresas e personalidades, com a presença de Mounir
Chaowiche e Beto Richa.
Também no dia 01, o
Diretor Administrativo, Luciano Machado, esteve em Dois Vizinhos e Nova Esperança do Sudoeste, anunciando
obras de saneamento.
No dia 04 o governador
Beto Richa e o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche estiveram em Guarapuava,
inaugurando ampliação do sistema de abastecimento de água.
Ainda no dia 04, o Diretor de Relações com
Investidores, Ney Caldas, esteve em Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, na
Região Centro-Sul, visitando obras e sistemas. Aliás, diz o pessoal em Laranjeiras
do Sul que as obras lá estão tapando o sol com a peneira, porque tem faltado
água cotidianamente, faz tempo.
Mas, pelo jeito,
viajar faz bem, principalmente quando cofres cheios permitem anunciar verbas, inaugurar
e atrair homenagens, como é a situação da Sanepar atualmente. E o governador,
claro, faz presença com quem lhe permite dar notícias favoráveis e fazer
propaganda.
Porém, o que
acontece na gestão da Sanepar é que estão construindo uma casa sem cuidar dos
alicerces.
A direção da
Companhia distribui fartos lucros aos acionistas (entre eles, o governo),
distribui dinheiro para publicidade e anuncia obras, mas deixa seus próprios
trabalhadores sem reajuste salarial e sem um acordo coletivo digno, desde
março.
Além disso, em
atitude manipulatória, segura o pagamento do PPR e a implementação do PCCR,
como forma de pressionar e segurar gastos com os trabalhadores.
A forma como
tratam os trabalhadores, que são alicerce da Sanepar, é de um descaso sem
comparação. É um descaso cínico, porque nem ficam com vergonha ao dizer que arrocham
salários preocupados com o futuro.
Não custa dizer que quem tanto viaja,
descuidando da própria casa, “viaja na maionese”, como se diz no popular.